 Ontem fez-se história no automobilismo, historia essa que também falou português. Um carro com motor híbrido venceu uma prova de alta competição, neste caso uma corrida de resistência: as 24 horas de Tokachi. E um maiores responsáveis por este feito foi André Couto, piloto português que juntamente com três colegas japoneses, - Katsuyuki Hiranaka, Akira Iida e Tatsuya Kataoka - venceu uma corrida de forma quase heróica face ao desafio que era proposto e às condições meteorológicas adversas.
Ao volante de um carro especialmente construído para esta corrida, um Toyota Supra HV-R, com um motor híbrido 3UZ-FE V8 (base do motor Toyota do Super GT) de 4,480cc, André Couto e os seus companheiros encontraram várias dificuldades ao longo das 24 horas. "Foi uma vitória bastante difícil porque a meio da prova tivemos um problema no pára-brisas que parecia estar embaciado, mas que na verdade tinha sofrido uma avaria que dificultou o visionamento da pista. Os dois turnos de duas horas que fiz durante a noite foram especialmente difíceis", contou ao jornal Hoje Macau o piloto luso residente na RAEM que durante a prova teve nos Porsche 996 GT3 adversários "duros" de superar, tal como a chuva e o nevoeiro.
A Toyota e o Team Sard apostavam bastante para esta prova e o resultado final teve um saborespecial. "Estavam cerca de 50 pessoas a trabalhar directamente connosco. Antes do início da corrida havia uma grande expectativa e preocupação por parte dos responsáveis da Toyota. Por isso, quando a prova terminou houve uma explosão de alegria", disse André Couto à publicação do ex-território nacional a Oriente. Do ponto de vista pessoal, este triunfo é bastante significativo para a carreira de André Couto. Pela segunda vez, o "Samurai de Macau" vence uma prova de resistência bastante importante no Japão. Isto, depois de ter sido primeiro nos 1000 km de Suzuka. Por isso o piloto não tem dúvidas em classificar o resultado de ontem "como um dos pontos mais altos da carreira".
Esta vitória da Toyota, com uma viatura híbrida, na prova de 24 horas mais cotada do país sol nascente acontece num altura em que o maior construtor mundial estuda a possibilidade de regressar às 24 horas de Le Mans, tendo mesmo testado em França o GT-One que utilizou na edição de 1999.
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