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terça-feira, 26 de junho de 2007

A1 GP: Nem tudo são rosas...


A seguir ao conceito patriótico introduzido no automobilismo mundial, a maior marca deixada pelo A1 Grand Prix até agora foram as suas "habilidades" para manter a competição viva sem que se vejam grandes patrocinadores e investidores para fazer frente aos elevados custos envolvidos. A A1 Holdings Company teve um prejuízo de 212 milhões de dólares norte-americanos no primeiro ano de competição, não tendo revelado oficialmente os números da época transacta, voltando agora a ser falada na imprensa do seu país natal e não pelas melhores razões.

Segundo o Independent Online, a Aliança Democrática (Democratic Alliance) colocou as contas do evento de Durban, na África do Sul, sob investigação. O concelho local terá pago 1,2 milhões de Euros para receber a prova e o partido da oposição quer saber qual foram os proveitos que tirou a cidade. As autoridades de Durban não parecem preocupadas, pois tiveram o apoio de cerca de 7 milhões de Euros da A1 Holdings Company que por sua vez deverá arrecadar os prejuízos da prova.

Entretanto, a venda dos direitos televisivos do A1 Grand Prix à televisão pública da África do Sul, South African Broadcasting Corporation (SABC), está também sob investigação, segundo o que noticiou o Mail & Guardian. A administração da televisão tem que apresentar publicamente os valores em causa e a legalidade do contrato. Os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos 2008 estão em igual situação.

A organização do A1 Grand Prix está também à procura de patrocinadores para o campeonato e para as suas equipas. Recorde-se que os gigantes Coca-Cola e Lenovo - este último optou pela Fórmula 1 - declinaram a associar-se à auto-intitulada "Taça das Nações do Automobilismo" a temporada passada.


Sérgio Fonseca
Sportmotores

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